Pages

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Minha história com anorexia, e um final feliz.



Estava eu ali, caída de pé. Sim, pois o que eu fizesse não importava a maneira em que meus pés estavam, eu permanecia no chão. Caminhando, caída.


Não saia mais de casa, não pelo fato de preferir ficar em casa, mas pelo fato de preferir sentir-me mal em casa do que em outro lugar. Apesar da minha casa ter espelhos.


Eu conseguiria esperar por algo demorado e saudavel para conseguir sair dessa situação? Ou eu optaria por algo rápido, e não tão seguro? Eu estava em uma situação ruim, e só queria sair dela.


Por quanto tempo eu iria continuar faltando as aulas por antes de ir, olhar no espelho e não ter condições emocionais de ir? "Oh, porque tanto desespero! É só um corpo. " Eu também queria que ele fosse só isso. Eu também gostaria de me aceitar, de não querer ser alguém melhor. De não ter me odiado a cada dia. Existe o amor próprio. E o ódio próprio, onde vocês estão escondendo?


Eu confesso, eu desejei anorexia. Eu confesso, eu a busquei. Eu tinha entendimento do que acontecia. Eu via relato da vida de ex anoréxicas, o quanto elas sofreram. Mas eu só conseguia pensar loucamente em como sair da minha situação. Como poder olhar no espelho, e gostar. Como poder sair de casa, pelo menos para ir na escola.


O tempo foi passando, e o que antes eu buscava, dominava minha mente. E aquilo era tão bom no meu ver. Se sentir feliz por não comer. Eu ia para escola, e sempre tinha gente que comentava sobre o quanto eu estava emagrecendo. Até a equipe de direção da escola. Mas eu pensava “eles falam isso agora que eu to gorda, imagina quando eu emagrecer mesmo.”


Eu estava apaixonada por uma doença! Como isso pode acontecer? Era como se ela me falasse todos os dias o quanto nada estava perdido. O quanto todos haviam me abandonado. O quanto todos queriam me ver gorda, comendo. E ela queria me ver feliz, sem comer. E fazia me pesar todos os dias, para eu lembrar de onde ela havia me tirado, e onde ela queria me colocar. Ela colocava na minha cabeça que havia uma meta. Meta? Pergunte para alguém que ficou apaixonado por ela, se conseguiu alcançar sua meta sem desejar um número menor.


Com o passar dos dias, a minha paixão pelas marcas que os ossos deixavam em minha pele iam aumentando.


Isso me fazia esquecer de tudo. E quem odiava quem supostamente estava me fazendo o bem eu odiava também.


Mas eu falava com vocês, e isso me dava muita motivação, eu amava, e amo vocês, porque vocês estavam comigo quando eu mais precisei. E tentava fazer de tudo para que tudo o que eu descobrisse que faria emagrecer segundo a Ana, eu postava aqui. Eu queria ajudar, e hoje peço desculpas.


Eu nunca tinha visto meu pai chorar por minha causa. Ele se derramava em prantos. Minha mãe, que sempre foi alterada, devido problemas de saúde, prefiro nem comentar como ela ficou. Na minha mente doentia, eu pensava “Bem feito! Ninguém manda, querer tirar a Ana de mim. Porque eles não conseguem enxergar, que ela está me fazendo bem, e que ruim eu estava antes de conhecer ela” Porque sera que meus pais não aceitariam uma doença, que mata jovens da minha idade?


Eu partia uma maçã, e comia ela em 3 dias. Lembro uma vez, que minha mãe fez um prato que eu gostava muito. E era super calórico. Eu joguei fora toda a comida, e ainda quebrei onde ela estava. Que era um presente que minha mãe havia ganhado de casamento.


Meus pais conseguiram ver o quanto emagrecer pra mim era importante. Mesmo eles sabendo que eu não precisava emagrecer, eles conseguiam ver, o quanto eu queria. E sabiam que se não me apoiassem, eu iria piorar a situação. Foi então, que eles resolveram me falar que gostariam de me ajudar a emagrecer. Mas meu pai continuava comprando chocolates, e outros doces, que me deixavam com muita raiva, e eu jogava tudo no lixo.


Eles falaram que iam começar a tentar emagrecer também, e que o cardápio iria mudar. Mas o cardápio nunca mudava. Então certa vez, após uma compulsão, joguei toda a comida de casa fora.


E sempre depois de uma compulsão, eu tentava me matar misturando remédios, cortando veias. Já não havia nada que pudesse cortar por perto. Eu quebrava os espelhos da minha casa, copos, tudo que pudesse fazer cacos de vidro.


Hoje eu vejo o quanto minha mãe confiava em Deus. Só há essa explicação, para ela não ter me internado em algum sanatório.


Eu pensei que eu não chegaria aos pontos que eu cheguei.


Meus pais já sofriam muito, quando eu escondia a doença, mas depois quando já não havia controle, eles sofriam cada vez mais.


Haviam outras areas da minha vida que eu havia destruído com essa doença. Perdi amigos, perdi tudo. Perdi a mim mesma. Foi aí que Jesus me chamou. Mas me chamou no meu coração. Não precisei subir em uma colina e ouvir a voz com um trovão como nos filmes.


O meu coração gritava cada vez mais alto, que existia um Deus, e que Ele tinha o melhor para mim. Comecei a ir em uma igreja pentecostal, mas não dessas tradicionais com doutrinas criadas por homens. Foi tudo tão mágico. Eu chorava muito no início, depois descobri que Deus precisa curar feridas, e assim como diz em João 14:26 ele enviou o espirito santo consolador. E estava curando minhas feridas. E quantas feridas eu tinha. Eu ia em psquiatras, mau eu sabia, que o que os médicos não curam, só Jesus pode curar. Ele me deu o amor dEle. Hoje eu entendia o porque eu não tinha paz. Porque Jesus Cristo morreu naquela cruz, para que eu pudesse ter paz, e eu não conseguia ver isso. Aceitar a Jesus Cristo foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. Ou melhor, na minha morte, pois vida eu encontrei quando o conheci.


segunda-feira, 21 de março de 2011

E quando eu imaginava não conseguir mais. Pensava que não conseguiria alimentar algo tão cruel, matando a mim mesma, e desejando isso a cada dia. Gostaria que todo aquele sofrimento acabasse. Suicídio , porque não? De que diantaria viver assim. Somente um corpo que anda. E alimenta coisas futeis, destruições. Vivenciando desilusões. Via toda minha vida cair, em forma de lagrimas, enquanto minhas mãos tocavam o chão. Nada mais fazia sentido. E as saidas obscuras de morte nunca davam certo. E eu nunca entendia o porque. Eu vestia minha melhor coragem, tentava passar. Mas não conseguia. Algo me bloquiava, algo me impedia. Hoje posso ver, o sentido disso tudo. Ele não quis que elas abrissem. Aquele mesmo Deus, grande e perfeito, que ninguém conhece. Esse mesmo. Me tirou do abismo. Estendeu suas mãos. Mesmo eu despresando e não entendendo o presente que Ele me deu. Que é a vida. Hoje Ele me faz entender, e agradecer a cada dia que passa. Hoje eu não faço No foods, faria somente jejuns , HOJE EU NÃO TENHO COMPULSÕES, porque Cristo me ensinou a viver do Espirito. Podem me chamar de louca. Mas olhem a sua volta. Leiam apocalipse, o mundo está acabando. E não é efeito estufa, nem coisa alguma. São os sinais se cumprindo. Eu amo todas vocês, pois me ensinaram a conquistar um objetivo. Pois estavam comigo , me dando forças quando eu mais precisei. Eu sei como vocês se sentem , eu estive a beira da morte, e sei que muitas de vocês já estiveram também, mas reflitam o porque disso tudo. “O ladrão não vem senão a roubar, matar, e a destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10: 10). (ladrão - diabo HIOASJNIO ) Meninas , DEUS É TÃO MARAVILHOSO, QUE SE VOCÊS SEREM JUSTAS PARA ELE, ELE DA O QUE VOCÊS DESEJAM, ATÉ MESMO , A MAGREZA. Fiquem com Deus meus amores, eu amo muito vocês.
Hoje consigo tocar com minhas mãos aquilo que sempre sonhei.
Passei a vida inteira, alcançando poucos objetivos, para não dizer nenhum.
Mas esse, esse eu tinha garra, para conseguir, para seguir em frente.
Nunca lutei tanto por algo.
Nunca desejei tanto ser.
Minhas forças físicas iam se esgotando. Mas o meu interior ansiava viver. Viver.
Eu poderia ver minha morte física perto.
Mas eu olhava somente para o meu sonho.

E hoje posso dizer.
Eu conquistei algo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Depois de muito tempo

Muitos dias se passaram, eu sei.. Me desliguei desse fake, mas não dessa vida.
Nas férias eu voltarei, eu sei.
Devo os meus sorrisos, meus passos, minha vida, a vocês.
Se hoje estou aqui, foi porque vocês me deram forças pra seguir..
Já foram tantas tentativas de morte, sem resultado, ou quase atingido...
Hoje, estou sumindo a cada dia, e meus dias são alegres devido a isso acontecer.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dissipada


Então eu atravessei o espelho e entrei no mundo subterrâneo, onde para cima é para baixo e comida é pecado, onde espelhos convexos cobrem as paredes, onde morte é honra e carne é fraqueza. Aonde é muito fácil ir. Mais difícil é encontrar o caminho de volta.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Die Loser


Esses ultimos dias foram muito dificeis pra mim.. sei lá, eu tava pensando em me nutrir.. e acabava tendo compulsoes. Decidi então que daqui pra frente eu vou me odiar, e vou foder com a minha saude! Quem sabe assim eu emagreço..

Plano de NF até quando eu cair.. Não, até quando eu cair não.. Até quando eu morrer!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

mármore e ossos


Vendo os segundos do rélogio sendo trocados com a maior intensidade já vista, seus sonhos fúteis impossíveis de ser realizados, com tanta insegurança e desapego, ela resolveu mudar o destino dos segundos do rélogio, agora, eles passam devagar, e o dia 22 de setembro parece não chegar. Mas ele vai chegar, ela sabe disso. E seus sonhos serão de mármore, e ossos.